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Boas notícias com gosto de derrota na economia

Boas notícias na economia não faltam para o Brasil, mas apesar disso o mau humor da população, especialmente a classe média, continua em alta em relação ao governo Lula.

Nesta sexta-feira, foi divulgado o PIB do trimestre e o Brasil está entre os países que mais cresceram. De acordo com os dados do IBGE, o PIB do Brasil cresceu 1,4% em comparação com os últimos 3 meses de 2024.

O grande responsável por isso foi agronegócio, levando o país a um resultado superior ao crescimento de todas as economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da União Europeia e do G7, que reúne as sete maiores economias do mundo.

Os dados do IBGE também apontam que A taxa de investimento no País cresceu de 16,7% no primeiro trimestre de 2024 para 17,8% no primeiro trimestre de 2025, o melhor desempenho para esse período do ano desde 2021, quando esteve em 18,4%.

Já a taxa de poupança aumentou de 15,5% no primeiro trimestre de 2024 para 16,3% no primeiro trimestre de 2025, o melhor desempenho para esse período do ano desde 2023, quando esteve em 16,7%.

GOSTO DE DERROTA

No entanto, o governo termina a semana com um forte gosto de derrota depois de anunciar um aumento do IOF mexendo onde nenhum governo pode mexer: o interesse dos banqueiros.

A reação no mercado foi imediata e a pressão sobre a vasta bancada, bancada mesmo, dos (pelos) banqueiros, os presidentes da Câmara e do Senado deram um aviso e até um ultimato para o governo: ou ele revê a medida ou terá o decreto presidencial derrubado por um decreto legislativo.

O ministro da Fazenda Fernando Hadad ficou entre a cruz e a caldeirinha. O governo está sem dinheiro para bancar uma gastança cada vez maior do pacote de bondades de Lula. Ele calculou o rombo e chegou a cifra de uns R$ 50 bi. Conseguiu bloquear R$ 30 bi de gastos e ia pegar os outros R$ 20 bi do aumento do imposto, logo um imposto que a população brasileira em geral não conhece: o IOF, um filho pobre da finada CPMF que só incide sobre algumas operações específicas como compras no exterior e empréstimos. Ai os banqueiros gritaram êpa: no meu bolso não e procuraram os congressistas. O que não faltaram foram propostas para revogar imediatamente o decreto do presidente, um fato sem precedentes recentes.

O presidente da Câmara Hugo Mota ainda foi bonzinho e deu 10 dias para o governo achar uma saída, que é óbvio não seja tirar dinheirinho das emendas dos parlamentares, e ainda sugeriu que o próprio Lula entre nas negociações. Ou seja, sugeriu que o próprio Lula procure os banqueiros para conversar e tire o Haddad dessa parada.

Aliás, o óleo está fervendo na frigideira do Haddad e mais uma vez se fala em Aloizio Mercadante ou Geraldo Alckmin para substituí-lo. Mas há também quem aposte na volta de Henrique Meirelles para o posto que ocupou no governo Temer.

 

 


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