A decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) desagradou ao empresariado, que levanta preocupações com encarecimento do crédito, inflação e manutenção dos juros altos.
Um dos empresários ouvidos pela Folha de S Paulo foi o potiguar Flávio Rocha. presidente do conselho da Riachuelo. Para ele, a fórmula adotada pelo governo "já foi testada e reprovada reiteradas vezes". "É uma explosão de arrecadação insuficiente para uma expansão assustadora do gasto público e não tem como dar certo".
Suas previsões são de expansão da dívida e um processo que retroalimenta os juros. "Não adianta reclamar. A taxa de juros vai continuar alta, e talvez até crescendo, enquanto houver esse desequilíbrio nos gastos", afirma Rocha.
O empresário defende que o Brasil siga o exemplo da Argentina, que adotou duras medidas de austeridade implementadas pelo presidente libertário Javier Milei. O ajuste fiscal do argentino atingiu programas sociais, obras públicas, verba para a secretaria de Educação, empresas públicas, aposentadorias e pensões.
"Nós devíamos aprender com o vizinho, o Milei, aquele que foi tão ridicularizado. Esse fez a coisa certa. No curto prazo, vamos ver o confronto do Estado mínimo de Milei com o Estado máximo do nosso governo. Vamos ver quem está certo. A fórmula certa não é expandir governo. É diminuir governo", afirma Rocha.