Além de ter de lidar com o desgaste do INSS, agora o governo arrumou para si o desgaste do IOF. O senador Rogério Marinho (PL) entrou com um Projeto de Decreto Legislativo para sustar o decreto do presidente Lula que aumentou o imposto baixado na semana passada, e na Câmara dos Deputados, o cearense André Fernandes, também do PL, fez o mesmo.
O decreto presidencial anunciado na quinta-feira passada, aumenta o IOF para operações com cartão de crédito, débito e pré-pago no exterior e subiu 1,1% para 3,5% o imposto para a compra de moeda estrangeira. O anúncio foi feito junto com a divulgação de um corte de R$ 12,5 bilhões no orçamento, entre contingenciamentos e bloqueios. O aumento do imposto, de acordo com a Fazenda, foi uma forma de minimizar os cortes orçamentários necessários neste ano e no próximo. Em resumo, para não diminuir despesas, o governo aumentou impostos e a classe média é mais uma vez chamada a pagar a conta.
Empresariado com Marinho
Representantes da indústria, agronegócio, comércio, bancos e seguradoras defendem que o Congresso Nacional barre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo na última quinta-feira, 22.
Em manifesto, as entidades afirmam que o aumento do imposto foi recebido com “preocupação” e representa aumento de custos para o setor privado.
“Iniciativas arrecadatórias, com aumento de impostos, impactam negativamente a construção de um ambiente econômico saudável”, afirmam. “Esperamos que o Congresso Nacional se debruce sobre o tema e avalie com responsabilidade a anulação do teor do decreto do governo federal.”