O presidente americano, Donald Trump, segue com sua cruzada a favor dos combustíveis fósseis. Agora, ele está ameaçando impor tarifas de 50% contra as importações de cobre, o que fez os preços do metal disparar nos Estados Unidos.
O cobre é essencial para a transição energética, pois é utilizado na fiação de painéis solares, turbinas eólicas e baterias de veículos elétricos, o que fez as vendas do produto dispararem nos últimos anos.
A previsão da Agência Internacional de Energia (AIE) é de que o consumo mundial de cobre passará de 26 milhões de toneladas em 2023 para quase 33 milhões em 2035, o que representa um aumento de 26%. Isso apesar de Trump e do lobby das petroleiras que o sustenta.
A aplicação de tarifas de 50% prejudicaria principalmente os próprios Estados Unidos ou seus principais fornecedores, entre eles o Chile, Canadá ou Peru, que são consideradas “nações amigas”, isso é se depois de Trump os Estados Unidos ainda é “amigo” de alguém.
China
Enquanto isso, do outro lado do mundo, a China acelera a construção de instalações de energias renováveis. Somente neste ano, o país tem 510 gigawatts de instalações solares e eólicas em construção, 57% a mais do que no ano passado, dados do Global Energy Monitor.
Pequim anunciou planos para construir projetos de 1,3 terawatts, quase o equivalente à sua capacidade instalada atual de energia solar e eólica, que é de 1,4 TW.
A China agora responde por 75% de todas as instalações solares e eólicas em construção no mundo.
O país asiático é o maior emissor de gases que provocam o efeito estufa, com mais que o dobro das emissões do segundo colocado, Estados Unidos. Mas, ao mesmo tempo, é um líder global em energia renovável, com um aumento de capacidade mais rápido do que qualquer outro país.
A China deseja virar líder mundial na luta contra as mudanças climáticas, enquanto os EUA se retiram da cooperação nessa área na era Donald Trump.